domingo, 20 de abril de 2014

Domingo de Páscoa

A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento.

A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo.

Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou.

Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã.

Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

Símbolos da Páscoa

Cordeiro: O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da páscoa, como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo. Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa”.
João Batista, quando está junto ao Rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados. Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu.

Pão e vinho: Na última ceia do Senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.

Cruz: A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.

Círio Pascal: É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa”” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.


Oração da Ressurreição
Deus, nosso Pai, cremos na ressurreição da carne, pois tudo caminha para a definitiva comunhão convosco. É para a vida, não para a morte, que fomos criados, pois como sementes que se guardam na palha, nós nos guardamos para a ressurreição. Temos certeza de que vós nos ressuscitareis no último dia, pois na vida dos vossos santos tais promessas se confirmaram. O vosso reino já está acontecendo no meio de nós, porque cada vez mais aumenta no homem a sede, a fome de justiça e de verdade e a indignação contra toda forma de mentiras. Temos certeza de que todos os nossos medos serão vencidos; toda dor e sofrimento serão mitigados, porque vosso Anjo, nosso Defensor, nos escudará contra todo mal. Cremos que vós sois o Deus vivo e verdadeiro, porque os tronos caem, os impérios se sucedem, os prepotentes se calam, os espertos e velhacos tropeçarão e ficarão mudos, mas vós permaneceis conosco para sempre.

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