terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Confira cinco roubadas a se evitar em Porto de Galinhas (PE)

Que Porto de Galinhas (PE) já foi eleita a melhor praia do Brasil anos seguidos está todo mundo cansado de saber. E não há dúvidas de que o lugar é realmente deslumbrante. Mas, assim como o paraíso original, a versão tupiniquim também tem seus percalços. Em meio a coqueiros inclinados pelo vento, mar verdíssimo e guloseimas de carne de sol, o Terra elencou cinco ‘roubadas’ a se evitar na praia pernambucana e tornar sua estada no local ainda melhor.

As "barracas"
Prepare o protetor e passe seu primeiro dia curtindo a própria Porto de Galinhas (há várias localidades adjacentes interessantes para se conhecer). É só chegar na areia e escolher uma "barraca" para se acomodar. Não é aquela de lona: são aglomerados de guarda-sóis e cadeiras numerados e devidamente divididos entre os quiosques que abastecem os veranistas. Cada garçom disputa seus fregueses entre os que caminham pela orla e fica com a comissão. Todos oferecem sombra e água fresca, bastando para isso consumir alguma coisa da “barraca”. Mas a maioria não diz que é preciso pedir um prato do cardápio, normalmente de valores acima de R$ 30. Se sentar com R$ 3,00 no bolso pensando que uma água de coco estará quite com o seu atencioso atendente, estará bem enganado. Se você optar por não comer nada, o garçom vai chegar com a conta cobrando o uso dos equipamentos de praia, já que você não pediu o prato de mais de R$ 30,00.

A tábua das marés
A primeira descoberta que se faz ao chegar em Porto de Galinhas é de que a sua vida dependerá da tábua das marés. Dependendo da época do ano, ela baixa pela manhã ou à tarde. Existe uma tábua dessas pregada em cada pousada da cidade. Não saia de casa sem consultá-la! Quando a maré sobe, cobre a praia toda e pode destruir os seus planos de passar aquele determinado dia atirado ao sol. Dela dependem também os horários do passeios que é possível agendar pelos arredores - como para Carneiros e Maragogi (AL) - e, principalmente, a visitação às piscinas naturais. Se a tábua marcar a maré baixa às 8h, trate de por o despertador para funcionar e esteja lá pelo menos uma hora antes. A média até que o mar torne a travessia impossível é de duas horas, mas há dias em que a natureza resolve ser mais rápida. Então garanta o seu passeio, pois esse momento só acontece uma vez por dia.

O "banho" de lama
Muitos turistas que vão a Porto de Galinhas fazem o passeio de catamarã até a praia de Carneiros. O primeiro ponto de parada é em uma extremidade do rio, onde é oferecido aos turistas um “banho de lama” capaz de deixar a cútis de qualquer um 10 anos mais jovem. Você desembarca achando que vai encontrar um ofurô chique cheio de lama quentinha e cremosa, mas o tal banho não passa de uma bolinha de argila que o guia dá para você esfregar como um sabonete. Constrangedor e desnecessário. A lama tem pedrinhas que arranham a pele, não é agradável e você fica parecendo que passou maquiagem (de palhaço). Se deixar secar então, vira uma máscara dura. Há quem ache divertido, mas, com certeza, ninguém parecia mais jovem depois de passar pelo vexame.

As piscinas naturais
Você já consultou a tábua das marés e chegou na hora para conhecer a principal atração de Porto de Galinhas: as piscinas naturais (quando o mar recua, deixa "poças" de água cheias de peixes em meio às pedras em pleno mar). Há duas opções para chegar até elas: alugue uma jangadinha por R$ 10 (opção mais "turística") ou entre na longa fila da pulseirinha no Batalhão de Operações Ambientais, assista ao vídeo de segurança e vá a pé pelo caminho demarcado por boias no mar. Infelizmente, em ambos, o tempo para aproveitar as piscinas é supercurto. Se estiver de jangada, o guia provavelmente vai querer voltar correndo para pegar mais turistas, por isso, dá ração, deixa cinco minutos vendo os peixinhos nas duas piscinas menores e sobram 15 minutos para nadar na maior. Então, é só o tempo de registrar uma foto e ter de voltar ao barquinho. Na segunda opção, você administra seu tempo entre as piscinas, mas o tempo total de cada grupo das pulseirinhas é de 35 minutos. Claro que vale a pena, porém é preciso voltar, e mais de uma vez, para conseguir aproveitar com certa tranquilidade.

Só nas pontas
Outro passeio feito por muitos visitantes de Porto de Galinhas é o buggie de ponta a ponta. Isto é, ele vai às duas praias à direita da principal e às duas à esquerda: Muro Alto, Cupe, Maracaípe e o Pontal de Maracaípe. Mas a verdade é que só as duas pontas valem a pena. Cupe é quase igual a Porto de Galinhas, só mais ampla e mais vazia. Maracaípe também, mas o mar é mais forte e fica recheado de surfistas. Como o passeio tem duração pré-determinada (4 horas), passe pelas duas, faça uma pausa para a foto e siga direto ao que interessa. Assim, você terá três horas para dividir entre Muro Alto, onde estão localizados os big resorts da região, e Pontal. Protegida por uma barreira de rochas, Muro Alto vira uma espécie de piscina com águas morníssimas do mar. Feche o passeio em Pontal, onde ver o por do sol é bonito. Existe também um passeio opcional de jangada feito pelo Projeto Hippocampus, que leva o turista para ver os cavalos marinhos nos mangues e demora quarenta minutos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Adorei os comentários! Ótimas dicas!

Penny disse...

Sobre maré, se na tabela diz 8:00 a maré esta baixa e 16:00 a mare ta alta, isso qr dizer q para aproveitar é só das 8 as10, ou da pra aproveitar mais? Agora se a mare estiver alta o dia inteiro, nao tem como curtir a praia de forma alguma? Ou é só as piscinas naturais que nao tem?

Unknown disse...

Ótimas dicas!!

Unknown disse...

Muito boas as dicas. Parabéns. Mas há um erro pois o passeio de Jangada no Pontal de Maracaípe e feito pela AJPM (Associação de Jangadeiros do Pontal de Maracaipe), constituída por nativos de Maracaípe, e não pelo Hippocampus. Ok?