quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Anorexia alcoólica

Drunkorexia é um termo criado nos Estados Unidos para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Isto é, o consumo exagerado de álcool casado com a falta ou perda de apetite.

Com o objetivo de manter um corpo esbelto e na moda, algumas pessoas restrigem o consumo necessário de nutrientes para o organismo e descontam seus anseios na bebida. Em geral, são mulheres jovens, entre 20 e 40 anos que trocam uma alimentação adequada por todo um dia com o álcool. Entre as celebridades, a mania da 'drunkorexia', além de causas estéticas é impulsionada por cobranças do mercado, angústias e compulsões profissionais.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, (OMS), o alcoolismo atinge de 10% a 12% da população mundial. Manter o peso do corpo através da bebida é o mesmo que realizar uma dieta forçada e depois cair no efeito sanfona.

Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo feminino está associado a transtornos psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool anestesia emoções ruins como a frustração e, no caso da “drunkorexia”, reduz o apetite. No funcionamento orgânico beber com estômago vazio acelera os efeitos do álcool.

Muitos terapeutas têm pesquisado novas formas de tratamento para esses distúrbios de ordem alimentar, na tentativa de compreender o que leva as pessoas a agirem de tal maneira. Em entrevista ao jornal americano New York Times, o médico Douglas Bunell que já presidiu a Associação Nacional de Desordens Alimentares, nos Estados Unidos, diz que grande parte do problema está na obsessão das mulheres em ter um corpo magro, além da aceitação social de beber e usar drogas, fatores que se potencializam quando associados ao conceito de que entrar para um grupo de reabilitação é quase um privilégio.

O que precisa ficar claro para quem está neste caminho ou conhece pessoas que estejam passando por essa fase turbulenta, é que a "drunkorexia" provoca muitos males à saúde e, como tal exige atenção, cuidados e tratamento adequado, inclusive com a ajuda de psicólogos. Se levada a sério, a reabilitação pode ter bons resultados.

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)

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