sábado, 13 de setembro de 2014

Como se proteger: 10 aplicativos e sites que combatem a violência contra a mulher

Violência doméstica, assédio na rua, ameaças pela internet. São muitas as formas de violência contra as mulheres. Reunimos 10 aplicativos e sites que ajudam a combater e a denunciar alguns tipos de intimidação.

Como se proteger?
Segundo dados publicados pela Organização das Nações Unidas, uma em cada dez mulheres já sofreu algum tipo de abuso até os 20 anos de idade, ou seja, cerca de 120 milhões de jovens em todo o mundo. Conhecer os mecanismos de defesa é importante para que as mulheres possam se proteger. Para isso, alguns aplicativos e sites brasileiros possibilitam maior suporte à mulher que já sofreu algum tipo de violência ou podem ajudá-la em situações de risco. 


Para denunciar situações de risco
Lançado no fim de agosto, o aplicativo PLP 2.0 tem o objetivo de facilitar o socorro a mulheres de todo o Brasil, vítimas de violência. A ferramenta está conectada a uma rede de 5 pessoas conhecidas da usuária e a entidades públicas e privadas, como varas especializadas e delegacias em defesa da mulher.

O projeto é a extensão virtual do programa Promotoras Legais Populares (PLP), que já funciona no Rio Grande do Sul, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado. A ferramenta foi desenvolvida pelas ONGs brasileiras Instituto Geledés e THEMIS Gênero, Justiça e Direitos Humanos e está disponível para smartphones com sistema Android gratuitamente. Há também um site do PLP 2.0, que serve como apoio do aplicativo. 


Para denunciar a violência contra a mulher
O Clique 180 é o aplicativo oficial que ajuda a proteger mulheres contra algum tipo de violência. Desenvolvido pela ONU Mulheres, em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a ferramenta tem o objetivo de ajudar mulheres em situação de risco e permitir que outras pessoas possam fazer a denúncia, caso presenciem algum tipo de violência.

O aplicativo tem ligação direta com a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da SPM-PR e um site que serve de suporte. Além dos mecanismos de denúncia, a ferramenta oferece informações sobres as Redes de Atendimento presenciais e um espaço para que se possa mapear de forma colaborativa os locais que oferecem riscos às mulheres. Gratuito, está disponível para sistemas iOs e Android. 


Para vítimas de slut shaming
O projeto do aplicativo For You foi criado por um grupo de seis adolescentes de 16 anos para acolher meninas que são vítimas do slut shaming, discriminação sofrida após algum tipo de violência virtual, como o vazamento de fotos nuas. Na ferramenta, há espaço para conhecer e conversar com outras vítimas, entender melhor da legislação que condena esse tipo de agressão, além de permitir a criação de grupos presenciais contra o bullying. Enquanto o aplicativo não é viabilizado financeiramente, a página da iniciativa no Facebook funciona como espaço convidativo às vítimas. 


Para denunciar violência doméstica
O Estado da Paraíba desenvolveu o aplicativo SOS Mulher para que mulheres em situação de risco possam ter um mecanismo de denúncia. Ao ser acionado, a ferramenta emite um sinal para o Centro Integrado de Operação Policiais (Ciop), que, por sua vez, envia uma viatura para verificar a ocorrência. O projeto foi lançado este ano e ainda está em situação de teste, mas a ideia é que ele sirva de exemplo para que outros estados adotem sistemas semelhantes de proteção à mulher. A distribuição do aplicativo é de responsabilidade do Estado da Paraíba, que seleciona as usuárias mais indicadas. 


Para pedir socorro a amigos e instituições
O Agentto é um sistema de alarme conectado a uma rede de confiança que reúne 12 pessoas selecionadas pela usuária. O aplicativo permite informar rapidamente que algo está acontecendo de errado. Na rede social, há espaço para a criação de comunidades reunindo grupos específicos, como associações de vizinhos, departamentos de polícia e organizações não governamentais. No estado de Goiás, por exemplo, o aplicativo tem uma comunidade do Grupo de Proteção Semira, que permite a denúncia de casos de violência doméstica e tráfico de pessoas às Polícias Militar e Civil e ao Corpo de Bombeiros. Gratuito, está disponível para os sistemas iOS e Android. 


Para saber sobre a lei que protege as mulheres
Para quem quer entender melhor os direitos que a Lei Maria da Penha assegura, o aplicativo de mesmo nome permite o acesso aos artigos da lei que protege as mulheres contra a violência doméstica e a violência sexual. Desenvolvido pela Organização das Nações Unidas, como parte do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, a ferramenta está disponível para o sistema Android gratuitamente. 


Para saber onde há orgãos de apoio à mulher
Desenvolvido pela ONU Mulheres, especialmente para smartphones, o site SOS Mulher tem o objetivo de facilitar o acesso à informação sobre os mecanismos de defesa contra a violência contra a mulher. A ferramenta tem um geolocalizador, que permite detectar onde a usuária se encontra e mostra os serviços de apoio disponíveis ao redor, como delegacias e promotorias especializadas. O aplicativo conta também com todas as instruções para encaminhar a mulher aos órgãos de apoio, onde ela poderá fazer denúncias de casos, como estupros e agressões físicas. 


Para compartilhar histórias de assédio
O mapa Chega de Fiu Fiu é uma plataforma colaborativa que permite mapear os pontos de risco para mulheres de todo o Brasil. Lá, é possível compartilhar, anonimamente, o local exato e a violência sofrida. Assim, outras mulheres podem ter uma melhor percepção das áreas mais perigosas para o público feminino, baseadas nas violências que já foram sofridas por ali. É possível também denunciar o que foi visto. Elaborado pelo site Think Olga, o mapa conta com as seguintes categorias: assédio verbal, assédio físico, ameaça, intimidação (stalking), atentado ao pudor (masturbação em público), estupro, violência doméstica e exploração sexual. 


Para compartilhar histórias de violência
Cantada de rua - Conte seu caso é um site onde mulheres podem compartilhar algum tipo de violência que tenham sofrido, como agressões e assédios. Tudo é feito anonimamente para que a vítima possa compartilhar sua história sem se preocupar. A ideia é que o site seja um espaço seguro para quem quer conversar a respeito desse tipo de violência. 



Para denunciar crimes virtuais
A ONG Safernet é uma plataforma onde é possível denunciar qualquer tipo de violência virtual. Caso a mulher tenha sofrido algum tipo de ameaça ou agressão por uma página na internet, ela poderá denunciar pelo Safernet, que irá analisar o pedido e encaminhar para os órgãos responsáveis. Se as ameaças continuarem ou algum tipo de agressão mais grave acontecer, é importante reunir provas e encaminhar à Polícia.

Conteúdo CLAUDIA

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