terça-feira, 17 de junho de 2014

A segunda Copa em casa: Brasil será o quinto país a receber dois Mundiais

Brasil agora faz parte do seleto time de países que já receberam o Mundial em duas ocasiões. O desafio, agora, é levantar a taça.





Em 2006, a Alemanha unificada ficou em terceiro
Em 2006, a Alemanha unificada ficou em terceiro | Crédito: Getty Images






Brasil 1950
O time de 1950 pronto para a final: em 2006, o Brasil volta a ter a chance de ganhar em casa | Crédito: Getty Images

Quando a bola rolar para a partida entre brasileiros e croatas, no dia 12 de junho, em São Paulo, o Brasil passará a ser o quinto país a receber a Copa do Mundo pela segunda vez. Fazem parte desse seleto grupo México, Itália, França e Alemanha. Com exceção do país latino-americano, de menor tradição no mundo da bola, os outros três garantiram, em uma das ocasiões, o título de campeão do mundo.
Italianos e alemães venceram na primeira vez que sediaram o Mundial, falhando na tentativa do bi. Já a França, que havia falhado na primeira tentativa de triunfar em casa, redimiu-se no “repeteco”, feito que o Brasil também tentará alcançar em 2014.
Itália e França em dose dupla
Itália e França foram os dois primeiros países europeus a sediar uma Copa, em 1934 e 1938, respectivamente. Curiosamente, tornaram-se, nos anos 1990, os primeiros do continente a receber o torneio pela segunda vez: Itália em 1990 e França em 1998. Na primeira ocasião, a escolha das sedes teve uma boa dose de política envolvida.
Enquanto na Itália houve pressão do ditador Benito Mussolini, quatro anos depois o lobby foi do fundador da Fifa, o francês Jules Rimet. Na época, as escolhas desagradaram aos sul-americanos. Em 1934, o Uruguai, então campeão do mundo, boicotou o torneio alegando que poucos países europeus haviam prestigiado o primeiro Mundial, jogado em Montevidéu quatro anos antes.
Já em 1938, o Uruguai foi acompanhado no boicote pela Argentina, que não se conformou em ter sido preterida como país-sede. Nas Copas de 1990 e 1998, quando Itália e França voltaram a organizar os Mundiais (superando as candidaturas de União Soviética e Marrocos, respectivamente), as únicas ausências se deram por países que não alcançaram a vaga na bola.
O número de países que disputaram as competições também aumentou significativamente: foram 24, em 1990, e 32, em 1998, ante 16 e 15, nas Copas de 1934 e 1938. Em ambos os países, os estádios que receberam a partida decisiva não se repetiram. Na Itália, as decisões se deram no Estádio Nacional do Partido Fascista e no Estádio Olímpico de Roma, ao passo que na França ocorreram no Estádio Olímpico de Colombes e no Stade de France, em Saint-Denis.
Grandes craques no México
Em 1970, foi realizada a primeira Copa do Mundo fora da Europa e da América do Sul. O escolhido foi o México, que derrotou a candidatura argentina e realizou um dos Mundiais de melhor nível técnico. Apenas 16 anos depois, por causa da desistência da Colômbia, o país voltou a receber a competição.




O estádio Azteca, no México, coroou Pelé
O estádio Azteca, no México, coroou Pelé | Crédito: Lemyr Martins

A escolha do México foi feita em 1983, numa disputa com Estados Unidos e Canadá. E, dois anos depois, um terremoto de 8,1 pontos na escala Richter atingiu o país. Apesar disso, a organização foi um sucesso. Depois da consagração de Pelé, em 1970, foi a vez de o argentino Diego Maradona brilhar e garantir o bicampeonato para a seleção da Argentina, em 1986.




O estádio Azteca consagrou Maradona16 anos depois
O estádio Azteca consagrou Maradona16 anos depois | Crédito: Getty Images

Duas Alemanhas antes, uma só depois
Em 1974, quando o Muro de Berlim ainda dividia a cidade alemã, foi disputada a primeira Copa do Mundo em solo germânico. Ou melhor, só no lado ocidental do país. A Alemanha Oriental também garantiu vaga nas eliminatórias e disputou o certame, surpreendendo o mundo ao bater os donos da casa por 1 x 0 na segunda fase.
Em 1974, duas Alemanhas jogaram a Copa




Em 1974, duas Alemanhas jogaram a Copa | Crédito: Getty Images

Pouco mais de três décadas depois, em 2006, a Alemanha, dessa vez unificada, voltou a sediar o torneio. O antigo lado comunista foi representado na competição pela cidade de Leipzig. E a capital, Berlim, por sua vez, recebeu a final, no Estádio Olímpico remodelado. Já o outro Estádio Olímpico, o de Munique, palco da decisão da primeira Copa alemã, ficou fora da segunda.




Diferença entre as Copas no mesmo país
Diferença entre as Copas no mesmo país | Crédito: Reprodução
Fonte: PLACAR

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