sábado, 22 de fevereiro de 2014

Conheça os dez mandamentos para conseguir se dar bem com os enteados

1. Casar-se ou ter um relacionamento sério com alguém que já tem filhos costuma provocar faíscas e até sérios problemas emocionais com os enteados. Porém, por mais complicado que seja tentar uma aproximação pacífica, há maneiras sensatas para alcançar a tão sonhada harmonia familiar.

A seguir, especialistas revelam quais são os dez mandamentos para se dar bem com os enteados.

2. Dialogue. É preciso conversar sempre --e muito--, tratando a sua presença na família de forma natural. Explique a nova situação deixando claro que o amor dos pais verdadeiros não vai mudar. "O padrasto ou a madrasta não pode cair na besteira de achar que, por serem crianças ou adolescentes, os enteados não devem se meter na relação", diz o psiquiatra Leonard Verea, formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão. Como são diretamente afetados pelo novo relacionamento, os enteados devem receber explicações com toda a calma, paciência e coerência. 

3. Jamais interfira no relacionamento entre enteados e pais biológicos. Eles irão precisar de momentos a dois, sem a interferência ou a presença dos novos parceiros. É importante dar esse espaço e entender o lado das crianças ou adolescentes. Também deve-se respeitar as características de cada idade. "As crianças pequenas têm necessidade de estar perto dos pais", diz a psicóloga Blenda de Oliveira, psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

4.   Não fale mal dos pais biológicos. Mesmo que a ex-mulher ou o ex-marido lide mal com a situação e tenha uma relação conflituosa com você e seu par, procure deixar os enteados o mais longe possível dos atritos. E segure a língua. Nenhuma criança --ou mesmo adulto-- aceita que se fale mal do pai ou da mãe. Cometer esse erro certamente levará o enteado a comprar brigas e fazer provocações sem fim --e com razão. Possíveis críticas ao ex-cônjuge, caso sejam inevitáveis, devem ser feitas longe de seus filhos.

5. Evite disputas. Não demonstre ciúmes nem competitividade em relação ao enteado e seus pais biológicos. As relações femininas (madrasta/filha), por exemplo, podem trazer disputas conscientes ou inconscientes. "É comum que as mulheres adultas disputem com as filhas a atenção do parceiro e até entrem em um jogo de força, para ver quem tem mais poder de influenciar o pai", afirma a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, doutora em psicologia em desenvolvimento humano pela USP (Universidade de São Paulo). Caberá à nova parceira administrar a situação, aceitar a proximidade e cumplicidade entre eles e até buscar ajuda psicológica para não cair nessa cilada.

6. Não force uma relação de proximidade com o enteado. Insistir para fazer amizade pode deixá-lo irritado ou acuado. É preciso respeitar o ritmo de cada um, mas sempre deixando claro que existe, a qualquer momento, a possibilidade de diálogo. "Crianças até oito anos tendem a aceitar melhor a situação. Já os adolescentes podem criar mais atritos, pois muitas vezes pensam que o relacionamento dos pais ainda poderia dar certo", diz o psiquiatra Leonard Verea.

7. Não banque o pai ou a mãe. Respeite o espaço dos enteados e não tente ocupar um posto que jamais será seu, ou criará conflitos desnecessários com eles, que já estão sensíveis com a nova situação. Uma disputa só criará má vontade e impedirá a aceitação deles.             

8.  Não seja permissivo ou omisso. "A omissão acontece, por exemplo, quando os adultos acham não têm nenhuma responsabilidade em relação à educação dos enteados. Isso dificulta a criação de vínculo afetivo e também dá a ideia de que eles podem fazer o que quiserem, já que não há limites", diz a pedagoga Julia Milani, da Assessoria Educacional Terceiro Passo.             

9. Não demonstre uma falsa intimidade e afetividade na frente do seu parceiro. Muito menos mude de atitude bruscamente, tornando-se indiferente logo que ele estiver distante dos filhos. Madrasta ou padrasto duas caras recebe dos enteados tratamento que corresponde a suas ações.             

10. Não reaja a provocações. Por mais difícil que seja, conte até dez e entenda que o adulto é quem deve aprender a administrar a situação, sempre com bom senso, sinceridade e afetividade. "Reagir com agressividade e impulsividade ou usar palavras ofensivas, por exemplo, pode agravar a situação", diz a psicóloga Cristiane Pertusi.    

Conteúdo UOL Mulher         

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