domingo, 19 de janeiro de 2014

Saiba o que fazer com seu carro em caso de enchente

Saiba o que fazer com seu carro em caso de enchente

Verão pode até ser a estação do ano mais esperada pelo calor, mas é um período de muitas chuvas no Brasil. E isso demanda mais cuidado dos motoristas. Alagamentos nas ruas podem comprometer o funcionamento dos veículos ou até mesmo colocar seus ocupantes em situações de risco. E mesmo depois de atravessar uma enchente com aparente sucesso, não há garantias de que o carro não tenha sofrido alguma avaria. O Centro de Experimentação e Segurança Viária listou 10 recomendações para quem transitar em áreas alagadas.


1ª - Se o motor do carro morrer durante a travessia, não tentar dar a partida. O certo é mantê-lo desligado e remover o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de entrada de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico.


2ª - Observar a altura do nível de água do trecho alagado. A maioria das montadoras estabelece uma altura máxima para essas travessias e a distância não pode exceder o centro da roda.


3ª - Dirigir o veículo em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante ao motor, em torno de 2.500 rpm. Isso diminui a variação do nível da água e o seu respingar junto ao motor, dificultando sua entrada indevida e, consequentemente, a contaminação de componentes eletroeletrônicos.


4ª - Veículos com transmissão automática devem ser colocados na posição de trocas manuais. Assim, o automóvel não desenvolve tanta velocidade e se tornar possível aumentar a rotação do motor, mantendo-a sempre em torno de 2.500 rpm.


5ª - Se o veículo for automático e tiver as opções “WINTER” ou “SNOW” para ajuste de tração, utilizar esses recursos. Embora a função desses dispositivos seja a de conferir maior segurança durante trechos de baixa aderência, como neve ou lama, evitando que o veículo patine graças ao bloqueio do diferencial, esses recursos também devem ser utilizados durante alagamentos, pois beneficiam o controle da velocidade do veículo e da rotação do motor.


6ª - Manter a calma em caso de aumento de esforço na direção hidráulica, variação na iluminação das luzes do painel, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento da tração 4 x 4 em veículos a diesel. Todos esses sintomas, provavelmente, são causados pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas polias da bomba da direção hidráulica, alternador e, nos casos de motor a diesel,  bomba de vácuo. Na maioria das vezes, são fatos passageiros que não impedem a dirigibilidade.


7ª - Desligar o ar-condicionado. Isso impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor, reduzindo o risco de calço hidráulico. É importante ainda manter o menor número possível de equipamentos ligados. Veículos rebaixados e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de sofrer calço hidráulico. Nesses casos, é importante redobrar a atenção.


8ª - Fazer um check-up preventivo caso tenha passado por um grande alagamento. Assim, é possível corrigir alterações do sistema de injeção eletrônica que, muitas vezes simples e imperceptíveis na fase inicial, podem gerar grandes transtornos posteriormente.


9ª - Depois de passar por um alagamento, leve o veículo a oficina. Entre outros problemas, pode ocorrer a contaminação do cânister, do óleo da transmissão e, nos casos de automóveis com tração traseira ou quatro por quatro,  do(s) eixo(s) diferencial(is), o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos e riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios.


10ª - Fazer uma limpeza no sistema de ventilação. Após travessias de alagamentos, os ocupantes do carro ficam sujeitos à contaminação por fungos, microorganismos e bactérias.


Conteúdo do BOL

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