quarta-feira, 3 de julho de 2013

Plebiscito

As ruas mandam recado?
Quem tem ouças, vá ouvindo:
o povo destampa as caixas
das politicagens baixas
e dá o alerta bem vindo.
Do jeito que as coisa vão,
só ladroagens à porta,
venham soluções urgentes,
com governantes decentes,
ou linha reta se entorta.
Mudanças, transformações,
isto o que do povo salta;
um Congresso parasita
só benesses facilita,
morto já nem nos faz falta.
Não que fechá-lo mereça,
pois então golpe seria.
Ninguém mais quer retrocesso,
mas que se mexa o Congresso
por mais ética sadia.
Inda que por plebiscito,
todos clamam por ações,
reformas e muito mais.
A Nação reprova os tais
politiqueiros bufões.
Quem não avança se anula.
Acordem, pois, os poderes,
também quem suga nas tetas,
as ratazanas capetas
que só nos dão desprazeres.
Com ou sem um plebiscito,
é hora de haver mexidas
- importa que já se mude.
E todos, com a juventude,
bem empreguem suas vidas.
Ou das marés venha o peixe,
ou que se pesque o momento,
a fim das grandes mudanças.
Ouvirmos samba, sem danças,
isto nem tem fundamento.
Oh pátrio solo, desperta!
Tu tens nas mãos tuas curas,
e com a voz que se levanta.
Nesta orquestração que canta,
em paz, cobranças maduras.
 
Sem haver agachado,
indo às questões mais gerais,
nosso chão vai ser feliz,
e não sou só quem diz,
mas as lutas sociais.
 
Importa fazer-se a hora,
como já disse canção:
valha a construção da paz,
sem sprays, bombas de gás,
sem balas nem repressão.
 
Gomes da Silveira

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