sábado, 7 de novembro de 2009

A evolução das calcinhas

Calcinhas na história

Idade Antiga
Em escavações, foram encontradas peças de roupas semelhantes à calcinha no Egito e na Grécia, mas é possível que fossem utilizadas durante a menstruação. Na Roma Antiga, mulheres usavam bustiês e tangas feitas de amarrações, lembrando uma fralda - seria a indumentária para fazer exercícios.
Idade Média
O cristianismo trouxe a idéia do pudor, que cobre o corpo. As vestes eram muito pesadas, e as mulheres muitas vezes não usavam nada por baixo. Havia o cinto de castidade, uma calcinha de ferro trancada a chave que garantia a fidelidade das mulheres de quem partia para a guerra. Sob as saias e os vestidos, panos eram amarrados ao corpo, provavelmente no período menstrual.
Renascimento
Calções bufantes de algodão vestiam indistintamente homens e mulheres por baixo das vestes. Não se tratava de uma peça com preocupação estética: o objetivo era resguardar a intimidade.
Século 18
As ancas laterais deixaram as saias e os vestidos mais rodados. Diante da nova moda, os médicos advertiam que as mulheres não deveriam "pegar frio" nas partes íntimas. Surgiram, então, as bombachinhas, até os joelhos, com rendas e bordados.

Século 19
As bombachinhas sob as saias começam a se disseminar além das classes altas. Na era napoleônica, somem, já que os vestidos ficam mais retos. São retomadas em seguida, e o comprimento encurta, até a altura da coxa.
Século 20
É o século das grandes mudanças. A partir da II Guerra Mundial, as mulheres passam a usar calças compridas e substituem os homens no trabalho: precisavam de roupas mais práticas. Paralelamente, os tecidos sintéticos, em especial o náilon e o elastano, possibilitaram novas modelagens para a roupa íntima: se a calcinha em tecido natural, mais rígido, precisava ser grande para passar pelas pernas e pelos quadris, os novos tecidos, mais elásticos, permitiam modelos ajustados ao corpo. Nos anos 1950, as estrelas de cinema mostravam na tela como a mulher poderia seduzir o homem - a lingerie rendada e sensual virou fetiche. Surgia, então, a calcinha como a conhecemos hoje.

Fontes: historiadora Laura Ferrazza de Lima e Marco Sabino, autor de Dicionário da Moda

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