domingo, 4 de maio de 2008

Síndrome das Pernas Inquietas

Problema que atinge até 10% da população e aparece com freqüência a partir dos 25 anos, está entre as principais causas de insônia na população. A síndrome também é desencadeada por dietas exageradas que deixam o organismo com deficiências de ferro e ácido fólico.
Imagine a cena: um casal está dormindo. Durante a noite, ele chuta várias vezes a parceira em movimentos involuntários. Às vezes, o mesmo acontece com os braços. Quem está deitado ao lado, apanha e se irrita. Quem dá os "tapas e pontapés" também acorda. No fim, os dois dormem pouco, ficam cansados e mal-humorados.
Durante o dia, principalmente no fim da tarde, ele sente dores nas pernas, vontade de movimentá-las e câimbras. Ficar sentado no escritório é um tormento. Deitar só piora a sensação. Amigos e parentes dizem que é falta de potássio. Ele passa a comer bananas. Nada muda. A mulher continua "apanhando", ele faz vários exames, não obtém resultado, passa a ficar deprimido e estressado.
Muitas mulheres que se submetem a dietas malucas e ficam com deficiências de ferro e ácido fólico também podem apresentar a síndrome.
Ele pode estar sendo vítima da síndrome das pernas inquietas, problema que atinge até 10% dos brasileiros e está entre as principais causas de insônia na população. Os pacientes também afirmam sentir sensação desprazeirosa nas pernas, sem conseguir identificar o motivo.
A síndrome das pernas inquietas, que aparece com mais freqüência a partir dos 25 anos, provoca câimbras, arrepios, formigamentos, puxões, dores, coceiras ou queimações nos membros inferiores. Essas sensações desagradáveis costumam piorar no fim de tarde e à noite. Ficar muito tempo sentado ou deitado torna-se um pesadelo.
Quem sofre com a síndrome das pernas inquietas realiza uma série de exames para detectar problemas em nervos ou vasos sangüíneos. Os testes são frustrantes e os pacientes não encontram solução. Infelizmente a maior parte das pessoas sofre sem saber que tem tratamento.
Além disso, essa síndrome pode esconder problemas como fibromialgia, insuficiência renal crônica, além da artrite reumatóide. Muitas mulheres que se submetem a dietas malucas e ficam com deficiências de ferro e ácido fólico também podem apresentar a síndrome. Os portadores passam anos dormindo mal e procurando tratamentos para distúrbios do sono sem atacar a causa.
Pesquisa - Estudo recente realizado com 4.310 pessoas, entre 29 e 79 anos, na Alemanha, concluiu que a síndrome das pernas inquietas é comum, atingindo duas vezes mais mulheres do que homens e com risco aumentando entre as que têm um ou mais filhos. A pesquisa, chamada Study of Health, foi publicada no Archives of Internal Medicine. Pessoas com a doença têm redução significativa na qualidade de vida, já que costumam dormir mal e apresentam excesso de sonolência, cansaço e sinais de estresse durante todo o dia.

A classificação da Síndrome das Pernas Inquietas é:
Leve: de 5 a 25 movimentos/hora
Moderada: de 25 a 50 movimentos/hora
Grave: mais de 51 movimentos/hora

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